sábado, 22 de setembro de 2007

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Sons de Prazer


Procuro no ar
a melodia do sonho
navego no som distorcido
dos acordes de uma gitarra qualquer

Procuro em ti
a letra do desejo
crio ritmos de loucura
e bailados de pecado e prazer

Procuro no olhar
a ternura de um soprano
enloqueço em fantasias surdas
e te encontro colado numa pauta solta.

Lady D

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Desire


O desejo envolveu-me
como cetim traçado no pecado
Na pele...
Na alma...
Me envolve, me aquece, me derrete.
No sexo...
Na boca...
Me escorre como chuva em terra arada
renuncio as palavras e não a vaidade...
No ser...
No ter...
Flutuo no desassossego
esvaio-me em ti
vôo...
No desejo que me envolveu.
Lady D

Vontade para tudo


Hoje estou com vontade de experimentar tudo. Acordei com disposição mesmo. Apetece-me um broche, uma minete, e um cuzinho. Mas maldita hora em que o meu actual namoro foi-se embora.

Não vamos poder encher o banheiro de água e começar com as massagens para relaxar os corpos dos sexercícios do dia anterior, como normalmente fazemos para depois maltratarmo-nos deliciosamente.

Mas como sinto só davassidão, não vou recorrer aos brinquedos. Vou sim ir para a Rua Araújo contratar alguém a quem possa entregrar meu corpo. Só de pensar que vou gastar dinheiro a realizar as mais diferentes fantasias, já fico com um tesão.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Fiquei com o tesão

O frio da noite já tinha ficado para lá. Nossos corpos nus, quentes e suados já não precisavam do duvet - esse era mais um empecilho que com as roupas há muito fora descartado. As posições bem como as velocidades das penetrações variavam. Estávamos naquela fase em que se entra na penumbra sexual; onde se alonga o prazer em detrimento do orgasmo e já vínhamos nessa há mais de uma hora.


Tínhamos começado com um toque. De certeza recordam-se do refrão daquela canção duma cantora norte-americana cujo nome já não me recordo, onde ela diz "one touch leads to another, one kiss and we're on our way..." Pois, foi assim mesmo. Fomos beijocando enquanto nossas mãos mutuamente exploravam nossos corpos; depois juntávamos as línguas às mãos e tudo que era pele não escapava a doce tortura.


Fazíamos as coisas sem demora e trocávamos aqueles olhares que somente dois amantes trocam: olhares conspiratórios. Tínhamos os chamados "bed-room eyes". Sabem de que estou a falar, pois não? Quando as pupilas dilatam de tanto desejo.


Acho que eu estava a fazer o helicóptero quando o meu celular tocou. Eram já por aí uma e meia da madrugada. Quis me concentrar no sexo e no mais puro tesão que me consomia a pele, mas o meu actual namoro já mostrava sinais de frustração e me perguntou quem era. Eu olhei para o écran e logo pûs o cel no silêncio e quis continuar. Isso valeu-me uma reprimenda e um "atende!".


Era um antigo namoro meu que me persegue faz dois anos. Acho que a razão da insistência é a lembrança do sexo louco que fazíamos em tudo o que é terra. Mas já não sinto nada e por isso mesmo evito o tal namoro como praga. Mas fui obrigado a atender, e frustrado perguntei o que queria àquela hora. Disse-me que somente queria ouvir minha voz. "Agora já ouviste. Ciao!" Mas o meu actual namoro já nem estava aí. Levantou-se e nem tomou o banho pós-coito, pois vestiu-se em seguida ás pressas. E eu fiquei ai com o meu tesão. Que frustração.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

forte vontade de sexo

A música estava bem alta e as psicadélicas aumentavam a intoxicação causada pelo álcool. Não sei porquê, mas os movimentos sugestivos dos pares na pista punham o meu sentido sexual em atenção. De repente, uma voz sussurou ao meu ouvido esquerdo: “Sinto uma forte vontade de fazer sexo contigo. Siga-me!”

Fiquei ali a procurar ver quem era ao mesmo tempo que meu cérebro digeria o sugestivo convite. Uma parte (café) já entorpecida pelo álcool e movimentos sugestivos me diza para seguir a pessoa desconhecida, e a outra (divã) me dizia para dar uma boa bofetada à pessoa desconhecida. O tempo parou!


Mais tarde em casa, a minha cara metade me perguntou: “Onde estavas? Procurei por ti em todo o lado, mais não te vi?”Como é que eu havia de contar que sem pensar fui atrás da pessoa desconhecida e no banco traseiro de um carro (já não me lembro se o meu ou o da pessoa desconhecida – de manhã, teria que verificar se não ficou nenhuma camisinha) nos entregamos, excitados pelo cheiro dos nossos sexos? Como explicar que enquanto a minha cara metade ia ao lavabos o meu tesão foi despertado, e ao primeiro convite desconhecido fui-me e vim-me? O sexo valeu a pena pelo risco corrido – foi forte a sensação de saber que estávamos a roubar e com o leú visível para quem passasse pelo carro.